Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2009

Um bem-haja

Não vou mentir. Queria hoje fazer um belo texto de homenagem a um grande homem, mas o dia foi longo e agitado e o cérebro não pode mais do que aquilo que vai sair. Li pela segunda vez um livro sobre esse grande homem, e terminei-o há dias. No final das páginas as lágrimas cairam-me, a mim que sou adversa a elas, pela coragem com que lutou contra a doença, pelo sofrimento que lhe causou despedir-se de algo que ele amava, a vida. O homem de que falo faz parte dos meus poucos mas valiosos ídolos, e é conhecido como o capitão Salgueiro Maia. Foi ele que deu origem a uma revolução sem sangue, que nos livrou duma ditadura maldita, um fechar de boca e de liberdades incalculáveis e nas quais eu não saberia viver. Ou viveria, presa numa qualquer cela, sem conseguir expressar tudo o que ia pela minha cabeça. Essa é cada vez mais a minha forma de viver, não nos vale de nada não dizermos aquilo que nos vai cá dentro, à excepção dos proibidos sentimentos que só cabem ao coração. Ele era um militar

Hoje é dia 25!

Hoje é um dia mágico. Para mim, e quero acreditar, que também para milhares de portugueses. A minha paixão por este dia não sei de onde derivou, mas ainda hoje de manhã ao voltar para a minha primeira "casa" ouvi o hino nacional e tive o ímpeto de levar a mão ao peito e berrar com emoção aquelas palavras que são somente nossas, portuguesas. Os jornalistas da Antena 1 não quiseram fazer a coisa por menos e colocaram de seguida o outro "hino", Grândola Vila Morena, e mais uma vez, a plenos pulmões a cantei, de cabelos e pêlos sentidos e puxados para cima. Não sei o porquê de tanta emoção, que por momentos me ia lacrimejando os olhos. Há hora de almoço, também o meu pai se emocionou com um pouco da segunda canção que fizeram questão de deixar tocar no pequeno ecrã, depois de uma reportagem sobre um jantar de comemoração ao dia, em que uns capitães nos devolveram a liberdade. E também ele se emocionou, e lembrou que por sorte não estava naquela pelotão, mas mesmo assim

Freedom!

Apenas um comentário: a vida tem de ser vivida com liberdade e paixão, e ninguém melhor do que este e outros homens para saberem o verdadeiro significado da palavra. Ainda esta semana apresentarei outro dos meus grandes ídolos, que também respirava liberdade e justiça em cada inalação!

Bolas

No meio da azáfama de chegar a casa, arrumar tudo e ver os emails, só agora constatei que o Benfica ganhou 4 a 0 ao Vitória de Setúbal. Estou tão chocada que tenho de partilhar. Como é possível? Será que assim o Quique já não vai embora? Ou alguns jogadores é que viram o seu lugar disputado? Ou uma equipa quando quer e se esforça até consegue ganhar uns joguitos? Em Coimbra parece que houve mais um erro do árbitro. Não entendo o que anda a fazer o quarto árbitro e porque é que não tem acesso a imagens para tirar as dúvidas existentes em certos lances. Sejam do Porto, Benfica, Sporting, Académica, ou até mesmo do Vilanovense (é a equipa aqui do estádio ao lado... também tenho de torcer por eles).

Porque fome?!

É com isto que fico verdadeiramente frustrada e fora de mim. Milhões a serem gastos nisto e naquilo, alguns com lógica e com ganhos evidentes no futuro, outros gastos estupidamente só mesmo para uma obra sem sentido. Há uma semana atrás li que num Hospital de Lisboa já é considerado normal aparecerem CRIANÇAS (e coloco em caps porque é bastante relevante) subnutridas e com fome. E hoje leio que cerca de 200 famílias de pescadores e respectivas famílias da Costa da Caparica, também passam fome. Sendo todos suficientemente orgulhosos para não se queixarem, ao contrário daqueles que chupam as casas de borla dadas pelas autarquias, na maioria corruptas, espalhadas por este país. É muito revoltante viver num país onde constantemente ouço falar de fome, de uns e outros, e de fartura de uns e outros, a viver lado a lado. Uns que não tem de se esforçar, apenas ter cara de pau para pedir aquilo que não merecem ou que até o mereciam pelo seu trabalho que não realizam, e a lástima de nada ter de

Afinal ter relações sexuais é dedutível no IRS...

Mandaram-me esta história para o email e achei que tinha tanta lógica e era tão engraçada que mereceu a publicação neste mísero blog. Aqui vai: "Um casal de jovens chega ao consultório de um médico terapeuta sexual. O médico pergunta: O que posso fazer por vocês? O rapaz responde: Poderia ver-nos a fazer sexo? O médico olha espantado, mas concorda. Quando termina, o médico diz: Não há nada de mal na maneira como fazem sexo . E cobra 70,00 euros pela consulta, o que se repete por várias semanas. O casal marca um horário, faz sexo sem nenhum problema, paga ao médico e deixa o consultório. Finalmente o médico resolve perguntar: Afinal, o que estão a tentar descobrir? E o rapaz responde: Nada. O problema é que ela é casada e não posso ir a casa dela. Também sou casado e ela não pode ir a minha casa. No Hotel Tivoli, um quarto custa 120,00 euros, no Holliday Inn custa 100,00 euros e aqui fazemos sexo por 70,00 euros, temos acompanhamento médico, é passado um atestado, sou reembolsado e

Cansada mas feliz

Ontem sai do trabalho às 9 horas da noite. Hoje às 7 horas, mas como fui jantar fora cheguei a casa quase à meia noite. Amanhã é Sábado e o dever chama e lá terei de voltar, para a praça ao lado do Dragão, para uma manhã de trabalho. Apesar do cansaço, deste stress que adoro mas que nos mata por dentro e nos faz ingerir vícios, hoje sinto-me muito feliz, mesmo! Porque adoro o que faço, numa cidade que me acolheu de braços abertos, com um grupo fantástico e que nunca me deixa de apoiar mesmo sem saber porque nem sempre sorrio com vontade. Tinha mesmo de escrever isto hoje porque o tinha de dizer a alguém, e infelizmente as paredes de hoje em dia ainda não falam, e gosto sempre de obter resposta. P.S.: Agora tenho um colega do trabalho que me "melga" à hora de almoço para não pegar no vício. Até me deu umas dicas de como fazer para me disciplinar, e como me fez lembrar alguém que já se foi e de quem tenho tantas saudades. Mas voltando à pessoa existente, no início tornou-se irr
Sei que ando a passar muito tempo no YouTube, mas este filme, apesar da melosisse (será assim que se escreve) é um dos meus favoritos. Pelo actor (lindo, lindo, lindo mas que infelizmente já se foi...), e pela forma como toda esta história de amor se foi construindo. Numa brincadeira idiota surgiu uma paixão assolapada. Uma mulher fria, e com medo de amar e um homem que não procurava o amor mas que o encontrou por acaso. Adoro, adoro quando ele lhe oferece uma flor como se fosse uma preciosidade, a beija forçosamente, não lhe dá um beijo quando ela mais espera (porque o fácil nunca foi o mais saboroso), quando ele lhe dá o presente que ela sempre sonhou, quando se preocupa com ela (não será a preocupação a maior prova de amor que podemos dar a alguém?). Mas o que adoro mesmo muito, muito é quando, perante uma plateia de uma equipa feminina de futebol lhe canta uma canção linda, sem que ela esperasse, com os polícias atrás dele, e com o consentimento e conivência da banda que o ajuda na

Saudades...

não dos Blind Zero, mas também, mas sobretudo daquilo que me movia nos concertos do antigamente. Provavelmente só uma pessoa sabe do que falo, mas essa pelos vistos já não lhe interesso. Sinto saudades do sentimento, do friozinho, do nervosismo saudável e que despoletava imeadiatamente um sorriso sincero. Ainda me lembro num qualquer concerto, pendurada nas grades, ao lado do namorado actual mas irreal, olhar para trás e cruzar o olhar meloso com o teu. Será possível repetirmos isso? E porque é que há certas coisas que parece que só sentimos uma vez na vida?

Um por todos e todos por um!

Tenho por opção ser optimista, mas realista, muito realista. Que a situação do país não é boa, já todos nós sabemos há muito tempo. Que existe uma coisa a que chamamos défice, e que cresce sem parar por estes lados, também não é novidade sobretudo desde que Manuela Ferreira Leite foi ministra das Finanças e fazia questão de nos lembrar isso frequentemente. Agora li que estamos na lista dos 20 países mais endividados do mundo. Haverá razões para preocupações? O meu optimismo diz-me que não, visto que o Japão, sim o Japão, ocupa o 2.º lugar da lista e nós o 19.º, a Itália de Berlusconi também figura pelo 10.º lugar, tal como a Grécia no 8.º. E as conclusões ditam que a dívida portuguesa está ao mesmo nível da alemã, sim essa grande potência, e melhor ainda, a nossa situação económica está melhorzita do que a francesa. Ou seja, haverão razões para preocupações? A mim parece-me que não. Tudo isto é justificado pela crise, e consequentes planos de estímulo económicos, combinados com o apoi

But I can see you every (day and) night free

Acabei de ler um desafio imposto às minhas palavras. Nunca fui muito boa nestas coisas, nas palavras ditas ora escritas, aquelas que são sentidas aqui por dentro. Que nem sempre são fáceis de explicar,nem para mim própria, mas sei que é necessário para ultrapassar o medo, tentar e prestar uma justa homenagem a quem de direito o merece. Tudo o que não nos sai da cabeça, aquilo que chamamos de especial, não acontece felizmente muitas vezes ou não seria considerado especial. E já senti um género de "plim" por duas vezes na vida, um com uma música e outro com uma pessoa. Um dia acordei com o rádio ligado pela minha irmã, e uma melodiosa música fazia-se ouvir. Enquanto acordava, pensava em como aquilo soava bem, e já cantarolava umas partes da música. No final os meus ouvidos pediram-me mais e perguntei à irmã mais velha de quem era aquela coisa tão bela. A resposta foi um insaciável "não sei". Coincidência ou não, dois dias depois, a mesma irmã apareceu em casa com uma

The one's

Não sou muito boa nas palavras como este meu colega blogista , que por simples palavras conseguiu transmitir tudo, ou quase tudo (acredito que muito ainda ficou por dizer), o que lhe vai na alma sobre a sua banda de eleição. A magia de todos estes anos em que se auto-intitulou fã de uma qualquer banda. Mais um dos fãs. Eu, como qualquer outra pessoa, também tenho uma banda especial. Que todos conhecem. Hoje infelizmente não é um bom dia, 8 de Abril não é a melhor das datas a serem recordadas. Hoje faz anos, e prefiro nem quantificar, que Kurt Donald Cobain fui encontrado morto. Fatídico dia em que acordei de manhã e ouvi a fatídica notícia na rádio, comprovada na televisão à hora de almoço. Era fim-de-semana e passaram-me demasiadas coisas pela cabeça. Uma delas foi a incredulidade total da realidade. A falta de não ter ninguém com quem chorar a morte de alguém que não devia ter ido tão cedo. A incredulidade de alguém como ele ter optado pela morte antes da hora. A certeza de que me r

Ainda há vida

Felizmente ainda não foi desta que perdi mais uma das minhas "bases". O Pataco está a melhorar a olhos vistos, pelo que diz a minha mãe, come imenso e salta ainda mais, o que significa que está a melhorar. Estou feliz e mais relaxada. Ainda não foi desta e, a partir daqui vou aproveitar ao milímetro todos os momentos que estiver com esta minha preciosidade. Obrigado ao destino ou a quem quer que seja. Não preciso de dizer que nos próximos tempos não ficarei pelo porto, com medo de que mais uma coisa destas possa acontecer.

Não

E como nada na vida parece querer ser perfeito surgiu mais uma mancha. O Pataco está doente, tem um papo duro enorme debaixo do pescoço e pode ser uma mísera inflamação que passará com o tratamento, como pode ser algo mais grave que não passará... O pior é que amanhã vou ter de o deixar... felizmente que esta semana apenas tem 4 dias de trabalho. Na quinta já estarei de volta para o bom ou para o mau. Mas parece que só o mau soa na minha cabeça como um eco. Não sei se será o meu pessimismo a falar ou apenas o realismo. Mas estou com medo, muito medo. Não quero perder mais uma das razões que me faz voltar aqui.

A magia

Ontem mostraram-me o caminho para a praia. Hoje, depois das 7 horas não resisti a não passar no Freixo, e segui pelo D. Luiz para sair junto ao rio, mais ao longe, junto ao mar. E durante mais de uma hora caminhei como se a areia não tivesse fim, como se o vento arrepiante vindo directamente das ondas e do final do dia não arrepiassem a pele do meu pescoço. O pôr-do-sol de uma praia qualquer de hoje foi a coisa mais linda dos últimos tempos. O equilíbrio de que precisava há tanto tempo, a calma que ansiava por sentir há demasiados dias. Passear num qualquer dia à beira-mar, em silêncio, a ouvir apenas o bater das ondas, o terminar de mais um dia, uma semana, descansa o cerébro, leva embora as más memórias recentes e transporta-nos para um futuro que, por momentos, acreditamos ser possível. A magia do momento é inexplicável, demasiado perfeita para um ser como eu conseguir transpô-la por palavras demasiado vãs. Soou bem, cheirou ainda melhor e será um hábito a repetir se possível, todos