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Mãe há 6 meses... já?

É um mundo novo, uma nova viagem, uma nova forma de viver os dias. Isto de ser mãe, ou melhor, isto de ser responsável por um ser que, de uma forma mágica, saiu da nossa barriga e se alimenta daquilo que sai das nossas mamas. Um novo mundo, sei lá. Costumam dizer "não há palavras" e eu, que nunca fui nada parca em palavras, vejo-me perante este impasse. "O que estou a sentir?" Não sei, não faço ideia e não consigo passar dos sentimentos às palavras. Apenas posso dizer que é bom, muito bom. E quando disserem qualquer coisa do género "quando for mãe não vou fazer isto..." ou, o inverso, "quando for mãe vou fazer...", esqueçam!, muita opinião que não interessa a sair da vossa boca. Vão fazer como a generalidade dos pais, e depois lembramo-nos do que dissemos e sorrimos interiormente pela idiotice de falar sem nunca ter estado na situação. Sim, sim, sou mãe e muitas coisas que criticava antes nos outros pais estou prestes a fazê-la ou já a f
Mensagens recentes

tocar violino

Há todo um maranhal de informação na minha mente sobre este assunto e não sei se saberei explanar tudo aquilo que me assalta a consciência. Falo do meu sonho, já um pouco esquecido, daquilo que me apaixonou tantas e tantas vezes mas que pela realidade e talvez pela parca coragem em enfrentar o sonho, perdi. De uma certa forma. Ou talvez não totalmente. Falo do jornalismo. Das histórias, das pessoas, das estórias tamanhas, da verdade e dos "outros" factos, da pesquisa, investigação pura e isenta se assim lhe quiserem chamar. Para mim acabou ou está de molho por enquanto. Por várias razões. Sobretudo porque tenho a consciência de que me faltam algumas competências para entrar nessa área, que mais não é do que uma espécie de clube onde os associados se conhecem e são todos amigos. E por serem todos amigos arranjam facilmente empregos - não trabalho que trabalhar poucos o fazem - e têm bons ordenados. Mesmo muito bons, alguns poderão mesmo chegar a envergonhar um Eng.º ou Advog

sorrir aos sons

Dizem que o bebé já ouve os sons nesta contagem da gestação (estamos nas 17 semanas, quase a meio da viagem) e hoje resolvi ouvir a música que me faz sorrir e acalmar. Grunge, rock... já passou de tudo um pouco, Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, e até as Hole. Mas no meio das minhas cantorias lembrei-me de que não tenho nenhum vídeo teu a ladrar, a falar, para ele ouvir... tenho muita pena. É nestes pensamentos que descobrimos que não aproveitamos o tempo da melhor forma e foram tantos anos e oportunidades para te gravar para memória futura.. Depois ocorre-me que irás falar com ele de outra forma, nem que seja através das memórias e fotografias que ninguém me irá tirar :)

o vazio a preencher

Querido Pataco, Desapareceste da minha vida, sendo um dos mais importantes amigos que tenho no meu parco círculo, num dos momentos mais felizes e bonitos que podia estar a viver. estou grávida como imagino que já saibas. é um momento bonito e especial para qualquer futuro pai ou mãe, avô (não irias reconhecê-lo, nem agora e nem no dia em que foste para outra paragem, o dia em que ele finalmente demonstrou o quanto gostava de ti!) e avó, tio e tia e até primos (a Sofia está radiante, e não pretende ficar-se apenas por ser tia... sonha em alguém lhe chamar "mainha" como ela fez comigo), e gostava tanto de o partilhar contigo. Foste quem mais me ouviu, me escutou, me amparou, por isso decidi que não pretendo fazer mais esta viagem sem ti porque não teria sentido fazê-lo, haveria sempre um espaço para ocupar. Pensei em escrever num pedaço de papel as minhas deambulações mas dei por mim a pensar que podem um dia, amparar alguém, tal como muitos me tem amparado nos meus medos, c

Pestanejar a sorrir

Querido Pataco, Hoje queria contar-te uma notícia, sobre aquele assunto de que tantas vezes tínhamos falado. Estou à tua espera na varanda, à espera da estrela mais cintilante para te contar da novidade. Desconfio que já saberás mas quero dizer-ta saindo as palavras e pensamentos do meu coração. Como tu mereces. A Luna não me deixou sozinha hoje um minuto. E sinto que tu também não... Obrigado pela benção. Sinto-me grata. Agradecida. A pessoa mais feliz do mundo. Um sentimento ímpar e demasiado bom para ser elaborado por palavras.

Um amor numa estrela cintilante

Foi há uma semana. O relógio contava as 15.30 horas mais ou menos. Estava demasiado concentrada em não verter uma lágrima enquanto respirasses, tentava ser o mais forte que conseguisse por ti e a contabilização das horas e dos minutos era o que menos importava. Pelos anos que me acompanhaste sempre com um sorriso, mesmo quando passava grandes temporadas longe, tentei ser quem não sou e fui bem sucedida. O veterinário chegou e sem pestanejar entrou e acabou com o teu sofrimento. Sim, o teu. Porque comparado com o meu era de um tamanho ainda maior... o meu não era físico ao contrário do meu. E envergonhada senti-me aliviada com a picada no teu corpo, quando choraste pela última vez. E sempre a segurar-te na mão, a dizer mesmo não acreditando que ia ficar tudo bem. Porque ainda ficaria tudo bem se ficasses comigo, iria ficar mais ou menos bem porque deixarias de ter menos dores e farias a tua última viagem comigo enquanto Pataquinho, o meu bebé cãozinho, especial todos os dias e com um

Uma viagem com 4 portagens

Sei que nada disto faz com que o desejo avance, ou se concretize com mais rapidez. Se tudo aquilo que desejamos se concretizasse com a velocidade que ambicionamos éramos todos muito mais felizes. E a vida seria tão mais simples que nem daríamos por ela passar. Ontem, antes de me deitar, olhei para a metade da droga que habitualmente tomava à noite e reparei que tinha sido reduzida, que tinha conseguido. Apesar de já andar a tomar a mesma dose reduzida há já 15 dias, só ontem fiquei a olhar para o ¼ de comprimido e pensei onde já estava no meu percurso. E dei graças a mim, ao mundo, e aos deuses por me terem ajudado a chegar aqui! O feito não é assim tão glorioso porque ainda só estamos na primeira parte de uma estrada que tem 4 portagens, e há medida que vamos avançando as portagens tornam-se mais complicadas, os medos voltam a surgir e a parca esperança diminui por inerência a tudo o resto. Mesmo numa luta assoberbada com o desejo que é maior do que muito do que existe no mun