Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2009

Opinar pelo papel

Sempre gostei de eleições, antes e depois dos 18. Pela ansiedade dos resultados, o frenesim das televisões e das rádios e dos jornais, e das opiniões adversas que existem na família. Pelo menos lá em casa cada um tem a sua consciência, e ninguém vota na mesma cor política, o que origina sempre engraçadas discussões. Mas se calhar o meu pai não nos soube educar bem, ensinou-nos a pensar, mas sobretudo a gozar do direito de apresentar o cartão de eleitor e votar. Sempre! Até mesmo um ano em que estava com uma valente gripe, febre, e dores incríveis de garganta me arrastei para as urnas e votei. E nem sempre votei num partido. Já escrevi um nome. Já desenhei um boneco. E ainda estou na casa dos 20 anos! A criatividade ainda deve dar para muito mais. Mas, e esta é a minha mais sincera opinião, tendo cada uma a sua ainda, acho inacreditável e até vergonhoso para mim portuguesa, que quase metade da população não se tenha dado ao trabalho de ir ás urnas. Nem que fosse só para dobrar o papel e

Mais umas do Medina Carreira

Gosto dele. Gostava de o conhecer um dia, e ter cultura suficiente para trocar meia dúzia de palavras. É despreendido do dinheiro, não gosta de gente sem palavra ou falsidades. Diz o que pensa sem medos ou inibições. É o conturbado Medina Carreira. É competitivo e exigente, não tem meias palavras. Já tem alguns livros, com ideias que concordo a 100% e outros que nem por isso. Mas escreve bem, e é bastante racional. O que falta neste país em que metade da população vive a chupar no Estado. Agora lançou outro livro, a minha próxima compra, e pelo caminho deu uma longa mas interessante entrevista à Visão que pode ler aqui .

Uma verdade inocente

Gosto destas histórias. Porque há um herói, ou heroína, e porque o "bem" foi feito, mesmo de uma forma que pode ser considerada errada. Começa assim: No derradeiro acontecimento após o 11 de Setembro de 2001, Tania Head foi uma das sobriventes que mais vezes deu a cara para os meios de comunicação social. A sua história foi contada e ouvida, de forma sentida e nunca questionando a veracidade, por milhares de pessoas em todo o mundo. Mas a verdade, 8 anos após o ocorrido, é que Tania Head nunca existiu, e o nome verdadeiro daquela mulher é Alicia Esteves Head, uma espanhola que nem sequer esteve em Nova Iorqu quando as duas mega torres caíram. Surpreendidos? Há mais. Esta mentira fez parte do documentário "A impostora do 11/9", uma mistura de arquivo, entrevistas e depoimentos de sobreviventes verdadeiros. A mentira foi descoberta em 2006, já depois de Tania ter cumprido os seus objectivos. Ela doou dinheiro, transformou o grupo de sobreviventes numa organização ofic

"Isto é o beijo do adeus, espécie de cão", berrou!

Mas ainda há boas notícias nos jornais de hoje. O jornalista iraquiano, Muntadar al-Zaidi, que lançou em Dezembro de 2008 o seu par de sapatos ao Presidente dos EUA, George W. Bush, irá sair em liberdade amanhã, tendo cumprido 9 meses de prisão. É tratado como um herói do mundo árabe, sobretudo porque a sua acção é encarada como particularmente ofensiva para com um visitante. Já existem t-shirts com o seu nome, e chegaram a haver manifestações de apoio em Londres, Rabat, Cairo, Faixa de Gaza entre muitos outros locais. Inicialmente tinha sido condenado a três anos de cadeia por assalto (ele roubou-lhe alguma coisa? Só lhe faltou a pontaria...) a um chefe de Estado estrangeiro, no entanto, a pena foi reduzida depois de ter interposto um recurso. Está a ser organizada uma mega festa para quando sair da prisão, e a estação de televisão na qual trabalhava ofereceu-lhe um apartamento mais espaçoso já que Al Zaidi vivia numa zona muito pobre. Al Zaidi pretende aproveitar o dinheiro que lhe e

Onde isto vai parar!?

Qual Contemporâneos, ou Gato Fedorento, o debate de ontem Manuela Ferreira Leite-José Sócrates é que foi um fartote de rir. Do início ao fim. Pelo que foi dito e pelas expressões maravilhosas que saem da cara dos candidatos. Em primeiro lugar, a mim disseram-me que viviamos num país democrático, e como tal podiamos discutir tudo e falar sobre tudo. Ontem não foi isso que transpareceu na Manuela, quando lhe perguntaram como tinha integrado na sua lista dois membros com processos em tribunal. E ela, sem olhar para o candidato ou para a jornalista apenas dizia que não queria falar disso, e esse assunto não tinha de ser discutido ali. Pensei que até a cor das cuecas podia ser discutido num debate daqueles, mas pelos vistos a inocente sou eu... Entre outras coisas, surgiu o problema do TGV. Pelos vistos foi o governo da Manelinha que assinou um papel que trazia o TGV para Portugal (o Sócrates vinha bem artilhado de papelada e mostrou-nos o que os media teimam em não fazer recordar, curiosam

Felicíssima!

A minha memória é, por vezes curta, outras vezes baralha-se e não me deixa enquadrar o passado no real. A saída do Moniz na TVI, e até a proclamada candidatura ao SLB, foram uma surpresa para mim. Mas como gosto sempre de responder a perguntas que me assolam a cabeça, questionei na altura porque razão ele tinha escolhido esta altura para sair da TVI, a denominada televisão contra Sócrates, contra o regime. Provavelmente não há nenhuma razão escondida daquilo que foi dito, mas talvez até haja, porque na altura, houve quem dissesse que esta era mais uma medida do Sócrates para controlar os meios de comunicação social. Não acredito que o Sócrates, que é bicho matreiro, fosse estúpido a esse ponto. E não o defendo, apenas dito aquilo que me parece ser mais racional, não sendo eu professora ou funcionária pública, e não tendo por isso uma venda nos olhos denominada Mário Nogueira ou como eu prefiro chamar-lhe, "o homem do bigode", o sucessor do Jerónimo. Aquele que se assemelha a