Hoje é um dia mágico. Para mim, e quero acreditar, que também para milhares de portugueses. A minha paixão por este dia não sei de onde derivou, mas ainda hoje de manhã ao voltar para a minha primeira "casa" ouvi o hino nacional e tive o ímpeto de levar a mão ao peito e berrar com emoção aquelas palavras que são somente nossas, portuguesas. Os jornalistas da Antena 1 não quiseram fazer a coisa por menos e colocaram de seguida o outro "hino", Grândola Vila Morena, e mais uma vez, a plenos pulmões a cantei, de cabelos e pêlos sentidos e puxados para cima. Não sei o porquê de tanta emoção, que por momentos me ia lacrimejando os olhos.
Há hora de almoço, também o meu pai se emocionou com um pouco da segunda canção que fizeram questão de deixar tocar no pequeno ecrã, depois de uma reportagem sobre um jantar de comemoração ao dia, em que uns capitães nos devolveram a liberdade. E também ele se emocionou, e lembrou que por sorte não estava naquela pelotão, mas mesmo assim o 25 de Abril foi especial, por alguém concretizar o seu sonho e pelas patrulhas que teve de fazer durante imenso tempo pelas Caldas da Rainha, local onde estava designado. Teve sorte, não foi para a guerra, mas foi ele quem me ensinou o valor da liberdade, e da justiça, e da igualdade social. E é incalculável! Talvez seja a emoção do meu pai, a paixão dele que me fazem vibrar tanto com esta data e sobretudo com uma pessoa, um dos meus grandes heróis: o Salgueiro Maia. Mais logo, também aqui nascerá uma pequena mas sentida homenagem a este que foi um dos responsáveis por eu poder estar aqui a escrever isto. Até porque se não fosse por ele não poderia ser jornalista, porque este é aquele que luta até ao fim pelo desvendar da verdade, com liberdade... Obrigado!
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