E como nada na vida parece querer ser perfeito surgiu mais uma mancha. O Pataco está doente, tem um papo duro enorme debaixo do pescoço e pode ser uma mísera inflamação que passará com o tratamento, como pode ser algo mais grave que não passará... O pior é que amanhã vou ter de o deixar... felizmente que esta semana apenas tem 4 dias de trabalho. Na quinta já estarei de volta para o bom ou para o mau. Mas parece que só o mau soa na minha cabeça como um eco. Não sei se será o meu pessimismo a falar ou apenas o realismo. Mas estou com medo, muito medo. Não quero perder mais uma das razões que me faz voltar aqui.
Muito se tem falado das pessoas que saem (ou fogem) do Líbano, mas pouco se fala dos que vão para lá trabalhar. Porque alguém tem de estar no terreno, para contar aos ausentes, o que se passa. Profissionais, uns mais que outros, mas todos louvados pela coragem e sangue-frio que é necessário num cenário de guerra. Julgo que é o limite da carreira de qualquer jornalista, fotógrafo, cameramen.. não há nada mais dificil! Se se conseguir transpor este obstáculo, é possível fazer tudo! Em Setembro de 2000, na Convenção da RTNDA, Christiane Amanpour fez uma brilhante e emotiva defesa do jornalismo. Desse discurso retiro estes parágrafos, para que alguém os entenda, se souber entendê-los: «Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos. Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses. Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu
Comentários