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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2006

O canto silencioso

Conseguem imaginar o que é acordar com o som de gaivotas?... Pensei que estava a sonhar mas ao olhar pela janela percebi que os meus olhos já estavam realmente abertos! Estive três dias no Porto, um pouco para me habituar a viver sozinha, mas também para conhecer a cidade. Entretanto acabei por falar com o meu orientador de estágio, que continua a surpreender-me pela solidariedade, boa vontade, simpatia, e mais uns quantos adjectivos (já viram o artigo dele na Visão desta semana?... Fenomenal!!). Foram três dias com bons e maus sentimentos, bons e maus pensamentos... o tempo que passei sozinha fez-me pensar, e na nossa vida há coisas que não devem ser pensadas, repensadas e relembradas! Simplesmente porque não vale a pena, não nos leva a lado nenhum e apenas nos magoa. Não me vou armar em "forte" e dizer que não me senti sozinha, sobretudo á noite, e que não senti (já) saudades... mesmo daquilo que não estava perto de mim em Coimbra. Há de facto pessoas que são logo relembra

weee

Ele aceitou!!! weeeeeee :) Quer dizer... há uns problemas porque estranhamente não tem formação universitária, mas tem experiência suficiente para me ajudar no meu estágio! E no relatório também... de qualquer forma vou informar-me se é obrigatório ser licenciado em alguma coisa... aii aii ainda estou nas nuvens! O nome dele é: Miguel Carvalho , grande repórter da Visão ! Soube mesmo agora... e o email surpreendeu-me imenso visto que foi muito informal, contrastando com o meu que era muito formal, até porque nós nunca sabemos quem vamos encontrar do outro lado. Apesar de ser apenas dez anos mais velho do que eu, nunca imaginei que aceitasse e que me respondesse sequer... aliás, ainda hoje numa conversa de café comentei que já tinha perdido as esperanças que ele me respondesse, mas que estava decidida a procurá-lo na delegação da Visão no Porto... só era preciso ter coragem... Não caibo em mim de felicidade!!! Tenho acompanhado de perto o trabalho dele na Visão e a sua forma de escrever

A entrevista de Cavaco Silva

Numa viagem quase acidentada não se falava de outra coisa na rádio: a entrevista do nosso Presidente da República ao El País , dois dias antes de Cavaco Silva (omissão do Professor por razões lógicas!) iniciar a sua primeira visita de estado. É uma boa entrevista mas não gostei da entrada. Acho que não está imparcial e para além disso tem muitos lapsos injustificáveis. No lead notamos uma importância excessiva dada aquilo que Cavaco disse sobre a União Europeia, como se ele fosse alguém com um lugar de destaque na UE. Não tem, apenas é Presidente da República de um país que muitos europeus nem sabem que é independente de Espanha. Ao longo da entrada noto muitas opiniões do jornalista, totalmente desnecessárias nesta entrevista. O pormenor da gravata está interessante mas o lapso de não mencionar Manuel Alegre por ter sido o verdadeiro opositor de Cavaco Silva e não Mário Soares (que ficou em 3º lugar!) , é muito grave. No meu ponto de vista pelo menos! Apresenta Cavaco como sendo uma

Sorry

Não sei como começar... nem sequer como dizer o que, depois de algum ajuntamento, não me deixou dormir mais de duas horas hoje. É a minha frieza que fica insuportável com as pessoas de quem mais gosto (e também estou a falar de amigos)... o medo de voltar a ser enganada, magoada e de voltar a fugir-me o mundo por debaixo dos meus pés, faz com que a frieza aumente a cada dia que passe. O facto de haverem tão poucas pessoas que merecem a minha confiança, amor escondido, carinho inexistente, faz com que a minha frieza já descendente familiarmente, aumente sem cessar. Sem justificações racionais, sem coibimentos, sem controlo... e depois de passadas as situações, o peso enorme na consciência é insuportável. O desejo de pedir desculpa aumenta, mas a coragem de o fazer é derrotada pelo medo de ser magoada novamente. Se não dermos uma oportunidade nunca saberemos o que pode sair daquele "buraco", a teoria toda já a sei demasiado bem pelos conselhos que dou aos outros. Mas na prática

Testemunho

Tenho andado um pouco ausente daqui e da própria Internet. A mudança , a casa que finalmente arranjei, o exame que tinha para fazer na quarta da outra semana e que apesar da chuva correu bem, o meu orientador de estágio (façam figas!!), uma parafernália de coisas que tenho de fazer (e quero) antes de me ir embora. Antes de não ter tempo para mais nada a não ser estar agarrada a um computador ou andar à procura de algo que mereça atenção. Relativamente à casa já está tudo tratado. Infelizmente deixei isto para os últimos dias, e a escolha não foi muita. Apesar de não ser um palacete, é acolhedora e simpática, e por isso estou à espera de algumas visitas pela Invicta! Fica pertíssimo de algo que sempre quis conhecer no Porto: o mercado do Bolhão . Há uma semana, quando andava de mapa na mão, à procura da Rua Formosa passei por um edificio enorme que se identificava como o Mercado do Bolhão, e pensei: "Não pode ser perto... seria bom demais!" Mas afinal era mesmo bom demais e

Rapto?

Por tudo aquilo que ouvimos nos noticiários nacionais e estrangeiros e lemos nos jornais, definimos rapto como a retenção e captura de alguém contra a sua vontade . Mas quando se trata das retenções mal definidas ocorridas no Iraque ou noutros países em guerra, a definição de rapto muda drasticamente para outra palavra mais aceitável. Apenas é rapto quando as capturas tenham sido feitas por insurgent es que, afinal de contas, estão a manter acesa a chama da guerra... Em Abril deste ano um fotógrafo da Associated Press (AP) foi capturado pelos militares norte-americanos , e hoje, 5 meses mais tarde, continua detido sem culpa formada, sem acusação concreta enunciada e sem defesa possível. A AP (uma das maiores agências a nível mundial!) e outras organizações de jornalistas exigiram ao Pentágono a libertação deste profissional da imagem, ou o rápido julgamento em tribunal. Mas, e com toda a arrogância característica, o Pentágono reitera que tem autoridade suficiente para o prender indef

Uma simples escolha de palavras

Hoje é Quarta-feira e como tal, Vasco Graça Moura usou o seu semanal direito opinativo no Diário de Notícias com este texto: O terrorismo do alvoroço hipócrita . Estranhamente e pela primeira vez em alguns meses, não discordo (mas não na totalidade do texto) do que este senhor escreveu. De facto o Papa Bento XVI não quis ofender os muçulmanos nem Maomé . O que aconteceu é que as televisões apenas transmitiram essa parte do discurso, sem o dito anteriormente e posteriormente e que explicaria na perfeição o que o Papa queria dizer com aquela citação. Também não é mentira que toda esta "confusão" poderia ter sido evitada, se o Papa tivesse um pouco de bom-senso e preferisse não tocar neste assunto sensível. Mas esta situação também teria sido evitada por muitas outras circuntâncias, sobretudo se os media também demonstrassem bom-senso. Até porque, da primeira vez que ouvi esta notícia fiquei com a nítida e absoluta certeza de que o Papa tinha perdido a cabeça e que estava a of

Processo mal arquivado

E porque não suporto injustiças, e esta é daquelas que mais me chateia, aqui está outra petição . P.S.: E ele continua a ter o sorriso mais lindo... (e agora vou ser gozadissíma por ter dito isto!)

Petição pela liberdade

Se se preocuparem tanto com a liberdade como eu, vejam isto: Apelo em defesa da liberdade de criação e de expressão dos jornalistas!

Apito volta a brilhar

Novos dados sobre o caso do Apito Dourado voltaram a aparecer nas páginas dos jornais . O Público foi quem deu o potapé de partida para mais uma bomba no mundo mediático. Conseguiu desviar as atenções do Caso Mateus porque ressuscitou um caso que já estava adormecido nas nossas memórias (até porque muitas das queixas estavam a ser arquivadas por falta de provas), e ainda porque coloca algumas dúvidas quanto ao bom ou mau jornalismo que foi feito. A minha questão é: se as escutas reveladas fazem parte do Processo Apito Dourado, como é que são publicamente conhecidas por um Jornal? Como é que o jornalista teve acesso às transcrições? Não era suposto estas conversas estarem protegidas por segredo de justiça? Ontem saiu a notícia no Público sobre o Luís Filipe Vieira e a nomeação dos árbitros, "Escutas apanharam LFV a escolher árbitros para o Benfica" , e hoje saiu uma outra notícia mas sobre Pinto da Costa, "Indicou árbitro para o final da Taça de 2002/03" . Não no

Pequena história do Valentim

Andei a pesquisar umas coisas sobre esta "personagem" do futebol português e encontrei uns dados demasiado importantes para não os comentar aqui: Com apenas 20 anos, Valentim foi acusado de falsificar a assinatura de um colega na Escola do Exército para poder fazer compras na loja da Escola. É expulso de imediato. Em 1965, tinha 27 anos e comandava o Depósito de Víveres em Angola , quando adjudica o fornecimento de batatas a um comerciante pelo preço de 4$, quando na verdade o preço era de 3$50. Desses 50 centavos (há tanto tempo que não dizia ou escrevia esta palavra... saudades?), ele ficava com 35 e outro oficial com os os outros 15. Na altura Valentim era capitão e usurpou assim o equivalente a 15 mil contos actualmente. É expulso do Exército e reintegrado e promovido a major em 1980. É de imediato colocado na reserva. Em 1973 foi multado pelo Banco de Portugal por emprestar aos clientes das suas lojas de electrodomésticos dinheiro para jogar na Bolsa . No ano da Rev

O estado do futebol

Já andava desde ontem para falar deste assunto e de uma dada personagem, mas como o assunto estava pouco desenvolvido preferi esperar, esperançosa de que algo iria surgir. E hoje tive uma surpresa pouco espantosa pela novidade, mas sim pela divulgação dessa mesma novidade! Na Segunda-feira à noite o debate no programa da RTP1, Prós e Contras , era supostamente o debate do mês: o Caso Mateus . Obviamente que lado a lado estavam presente o Presidente da Liga de Futebol, Valentim Loureiro (no próximo post explicarei porque não lhe chamo Major), e o Presidente da Federação de Futebol, Gilberto Madail . Todos sabemos que eles não tem as melhores relações, e por isso o debate prometia momentos acessos e talvez algumas revelações menos desejosas mas incontroladas pela fúria do momento. Também todos desconfiamos que, apesar do Madail ter mais poder no futebol, é bastante controlado pelo Valentim. E a confirmação veio da FIFA que, numa carta endereçada à Federação mas entretanto divulgado no

world crumbling

all of the love we left behind watching the flash backs intertwain memories I will never find memories I will never find

Caso Eduardo Cintra Torres VS RTP

Ás vezes sinto-me mesmo sozinha nas minhas opiniões, mas pelo menos desta vez sinto-me mais amparada. O que Eduardo Cintra Torres disse e fez com tanta preserverança não pode ser justificado pela existência de fontes que não desejam ser reveladas. O que um jornalista deve fazer quando tem em sua posse uma informação (grave como neste caso) será investigar a veracidade do facto antes de o expôr em praça pública. O que ele não fez! Vale a pena uma vista de olhos pelo Blog de Francisco Rui Cádima (posts de 31 de Agosto de 2006)! Aí podemos encontrar tudo, desde o dossier super organizado do Clube dos Jornalistas que, ao contrário do que alguns críticos defendem, consegue expôr os dois lados da questão: o ponto de vista do Eduardo Cintra Torres e da RTP. Para além disso ainda há um conjunto de textos sobre a questão dos incêndios que nos dão uma fabulosa ajuda na compreensão deste caso!

O mundo de Bush

«George W. Bush justificou ontem a presença americana no Iraque com a necessidade de combater um terrorismo islâmico que mais não é que o sucessor do nazismo, do fascismo e do comunismo. O mundo de Bush, dos seus estrategos e dos seus indefectíveis, é assim, a preto e branco, como nos filmes de cowboys. Há os bons e os maus . Sendo que a bondade que atribuímos a nós próprios se constrói a partir da diabolização de um inimigo . Pouco importa que rosto ou motivações tem esse inimigo. Importa mesmo que não tentemos percebê-lo, porque assim se torna mais fácil tudo confundir . Só dessa forma a História nos pode fornecer permanentemente um eixo do mal, que nos quer abater e que, em última instância, se torna razão da nossa existência. Os nossos valores já apenas se afirmam por oposição. É por isso que, no mundo de Bush, Hitler, Estaline, Fidel Castro ou Ben Laden são a mesma coisa - inimigos. Da democracia e do Ocidente, numa difusa mistura em que predomina mais a religião que a política.