A Associação Nacional das Farmácias (ANF), pela voz de João Cordeiro, vai entrar neste novo ano numa nova guerra aberta com o governo. Isto porque Correia de Campos quer afastar a ANF da intermediação de pagamentos das comparticipações devidas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) às farmácias. Este é um acordo de 1988 , quando Leonor Beleza (sim, a mulher que nunca foi julgada!) era ministra da Saúde, e que respondia aos problemas, sobretudo por entopirem os tribunais do nosso país, que as dívidas do Estado às farmácias acarretavam. Este acordo permitia à ANF adiantar aos sócios, ou seja, às farmácias, as comparticipações devidas, a troco de uma quota variável de 1,5% dos valores facturados por cada farmácia. Ao longo das últimas duas décadas a ANF cresceu exponencialemte sobretudo devido a este sustentáculo financeiro e de poder, garantindo-lhe fluxos monetários capazes de gerar poder, influência e capacidade de condicionar decisões políticas. Para além desta quota suplementar que só