Hoje fui, como habitual, de calças e sapatilhas, mp3 e phones, até à praia, andar e correr ao sabor de uma respiração pesarosa. Queria estar naquele sítio, na praia, junto ao mar que saltava por cima das ondas como enfurecido, que espumava como se estivesse aborrecido com alguma coisa. Não havia vento, nem brisa, apenas um ar quente agradável. Passei pela casa dos meus sonhos, que tem uma piscina no telhado, janelas quadradas e é simplesmente a casa mais linda do mundo. Um dia tenho de tirar umas fotografias para compreenderem. Corri, andei quando o fôlego já não aguentava mais os saltos acelerados dos pés. Andei ainda mais, vi muita gente, muitos cães, houve um que me preferiu a mim aos donos, de tal forma que ainda veio a correr atrás de mim uns metros, até que o chamaram. Apesar de já ir para a zona há muito tempo, hoje parecia diferente, tinha um ar misterioso, as pessoas eram estranhas, excepto aquela senhora que nas suas duas muletas tenta caminhar, passo a passo, juntamente com
Uma menina crescida. Uma mãe. Uma sonhadora. Uma analista disto e daquilo. E os devaneios de todas elas!