Julgo que já não é segredo para ninguém, e por isso não me contenho mais: vai nascer mais um membro da família Paulino daqui a uns meses. O sexo ainda é incógnito, mas a barriguinha cresce a olhos vistos e bem redondinha. O que me fez pensar (sim, penso sempre muito). Adoro a Sofia, é das coisas mais importantes e o meu sorriso espelha bem o que digo. Não dá ou nunca deu trabalho que me tenha aborrecido (sim, porque é óbvio que as crianças dão trabalho mas é um trabalho dito "agradável") mas fez-me pensar que tinha mais uma responsabilidade, uma criança na família, nas minhas mãos. E, acho que me fez crescer muito! E agora vem outra/o. (E apenas sou tia, imagino o que ia sentir se fosse mãe... mas isso já é outra história). Aqui fico à espera dela, daqui a 6 meses, mais dia menos dia. Tentar ser mais racional e calminha para acolher mais um rebento, e ainda mais responsável. Mas às vezes assusta!
Muito se tem falado das pessoas que saem (ou fogem) do Líbano, mas pouco se fala dos que vão para lá trabalhar. Porque alguém tem de estar no terreno, para contar aos ausentes, o que se passa. Profissionais, uns mais que outros, mas todos louvados pela coragem e sangue-frio que é necessário num cenário de guerra. Julgo que é o limite da carreira de qualquer jornalista, fotógrafo, cameramen.. não há nada mais dificil! Se se conseguir transpor este obstáculo, é possível fazer tudo! Em Setembro de 2000, na Convenção da RTNDA, Christiane Amanpour fez uma brilhante e emotiva defesa do jornalismo. Desse discurso retiro estes parágrafos, para que alguém os entenda, se souber entendê-los: «Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos. Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses. Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu
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