Avançar para o conteúdo principal

O novo Diário de Notícias

Sem medo das superstições que rodeiam o dia de hoje, sexta-feira 13, João Marcelino, novo director do Diário de Notícias, marcou para hoje a apresentação de um novo jornal. O novo DN aparecerá nas bancas com ajustes gráficos e com uma nova arrumação, apelando mais à leitura. Diariamente o jornal terá dois temas em destaque, e três páginas de opinião com um editorial não assinado (elaborado por um membro da direcção do jornal e pelos três redactores principais). Na última página também surgirá uma crónica, à semelhança do que acontece com o Jornal de Notícias, de Ferreira Fernandes, redactor principal contratado à Sábado e que também já foi do Correio da Manhã.

A introdução de uma zona de obituário é outra das novidades, num jornal sempre considerado sério e de referência, mas tendo de optar por estes "acrescentos" de forma a ser "mais interessante e atraente". O diário tem mais três novidades, três novos suplementos (DN Sport, Gente e Bolsa) de 24 páginas, e uma nova revista (DN Televisão). O objectivo de João Marcelino é bater as vendas do jornal Público, o seu concorrente mais directo, e no espaço de três anos vender uma média de 60 mil exemplares (actualmente com cerca de 30 mil).

Ruben de Carvalho, Joana Amaral Dias e Medeiros de Ferreira foram alguns dos comentadores do Diário de Notícias convidados a sair depois da entrada de João Marcelino, director por muito tempo do Correio da Manhã. Também Francisco Sarsfield Cabral saiu, tendo no entanto, já ingressado na Rádio Renascença. Os rumores sobre como estes comentadores e membro da direcção foram convidados a sair, tal como outros jornalistas, são muitos e maus mas prefiro não os referir.

O Diário de Notícias sempre foi o meu jornal preferido, e esta mudança radical faz-me sentir medo do resultado. Enquanto estou a escrever isto, o site do jornal não está actualizado e ainda está ocupado pela edição do jornal de ontem (será o atraso um bom presságio?). A curiosidade para ver e ler o novo DN é muita, mas a certeza da diferença é quase total. Não era o jornal mais lido, mas talvez fosse o mais ético e equilibrado, ou pelo menos para mim. Fazia um tipo de jornalismo mais ao centro, como se diz na política, passando pelo sensacionalismo do Correio da Manhã e pelo intelectualóidismo do Público ou do Expresso (peço desculpa a quem os lê... é apenas a minha opinião) e fica no meio termo. Equilibrado, interessante e apelativo... pelo menos para mim! Pelos vistos não há muitos que pensem da mesma forma, ou existem mas não têm ou tinham o hábito de comprar o DN! O novo semanário Sol também está perto deste tipo de jornalismo e por isso, também o considero tão interessante!

Ainda não posso avaliar mas a certeza que já existe é que alguns exemplares dos "bons e velhos tempos" do Diário de Notícias ainda retidos aqui em casa, não vão para o papelão. Tenho a certeza de que um dia vou gostar de os abrir, ler e reflectir , e até talvez, me saía uma lágrima pelo canto de um dos olhos. De nostalgia!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Jornalistas na Guerra

Muito se tem falado das pessoas que saem (ou fogem) do Líbano, mas pouco se fala dos que vão para lá trabalhar. Porque alguém tem de estar no terreno, para contar aos ausentes, o que se passa. Profissionais, uns mais que outros, mas todos louvados pela coragem e sangue-frio que é necessário num cenário de guerra. Julgo que é o limite da carreira de qualquer jornalista, fotógrafo, cameramen.. não há nada mais dificil! Se se conseguir transpor este obstáculo, é possível fazer tudo! Em Setembro de 2000, na Convenção da RTNDA, Christiane Amanpour fez uma brilhante e emotiva defesa do jornalismo. Desse discurso retiro estes parágrafos, para que alguém os entenda, se souber entendê-los: «Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos. Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses. Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu

Love U like in poetry...

«You could swim... like dolphins can swim We can be heroes... just for one day We're nothing, and nothing will help us But we could be safer, just for one day And we kissed as though nothing could fall ... just for one day...!» P.S1.: Perfeito o concerto dos Blind Zero de ontem à noite na Fnac. Se não fossem os "idiotas" que ocupavam o já de si exíguo espaço, apenas para ver nem eles sabiam o quê, beber umas cervejolas e ter atitudes de "portuga à zé camarinha", tudo teria sido mais e mais, ultra e super perfeito. Com uns encontrões e olhares demolidores consegui chegar à frente e aí entendi, que não era a que estava a gostar mais daquele concerto... eram os próprios Blind Zero! É por cada concerto ser um divertimento constante, pelo amor à música e ao grupo que, 13 anos depois, ainda andam por estas andanças. Apesar de, como disse o Miguel, terem a noção de que muitos os consideram como uma banda doentia, até os próprios pais! Mas acredito que cada um tem uma n

O sonho europeu!

Apesar de não termos vencido o jogo, o sonho continua... estava á espera que o resultado final fosse 0-1 ou 0-2, vantagem para o Barcelona! Mas pelos vistos, o Benfica até que joga bem (lol) ou então é o Barcelona que não joga assim tão bem ;) O que é facto é que não me sentia assim tão stressada desde a final da Taça de Portugal da época passada (mas isso também era por ter uma "certa" sportinguista ao meu lado aos berros... anyway!). Jogaram bem, defenderam bem (tirando algumas falhas do guarda-redes.. ) e o Benfica mostrou que está ao nível das melhores equipas da Europa, se nao do mundo. E, principalmente o Sr. Koeman não conseguiu agoirar (ele disse numa entrevista em Espanha que o Benfica não tinha qualquer oportunidade de vencer o Barcelona... é normalissimo um treinador dizer uma coisa destas antes de um jogo!!!) Só quero que fique uma questao no ar: O que é que o Beto ainda anda a fazer no Benfica??? Alguma alma caridosa que me responda por favor... isto tem me trans