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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2009

Liberdade ou exagero?

Afinal há mais quem penso o que não me farto de apregoar desde há bastante tempo. Cansada de ver o que vejo, ouvir o que ouço e, por vezes, ler o que leio. Há uma entidade responsável por isto mas que gosta de estar calada e não impôr os limites que me impõem a mim, humilde trabalhadora, a outros mais conhecidos. Fica a entrevista de Emídio Rangel ao Jornal de Notícias de há uns dias atrás: "Amado por muitos, odiado talvez por mais, que a liberdade tem preço - e é alto. Emídio Rangel, 62 anos, diz ser uma espécie de homem maldito. Como os poetas: desobedece para vingar a moral. Esta semana estourou mais uma polémica nas mãos de José Sócrates: ter-se tornado pública a intenção da Portugal Telecom (PT) adquirir 30% do grupo espanhol Prisa, que detém a TVI. O governo tentou nacionalizar aquela estação? Não, claro que não. Tanto quanto se sabe - e ainda não se sabe tudo -, foi há já muito tempo encarada a hipótese de a PT poder comprar uma participação de 30% à Prisa. A questão foi co

Um passeio

Um dia apaixonei-me pelo Porto. Não demorou muito! Anos depois apaixonei-me pelo Douro, pelo Tua, pelas vinhas, pelo silêncio que povoa toda a região. Pela magia que transparece de qualquer paisagem que nos apareça pela frente. Da boa comida, da simpatia, do vinho, de tudo aquilo que um Portugal, por vezes esquecido, tem para nos oferecer e nos esquecemos de receber. Queria mostrar todas as fotografias mas são demasiadas. A próxima paragem será o Gerês, e algo me diz que também virei de lá apaixonada. Afinal não é assim tão difícil despertar em mim a paixão!

Incomparável!

Através de um blog de um amigo lembrei-me deste grande senhor. Desta voz incomparável, das grandes "lyrics" que têm a maioria das suas músicas. Enfim, outro que morreu cedo demais. Mais um dos grandes ícones da música. (nem comento as versões que por aí andam a tocar na rádio...)

No one

Um dia prometeram-me, pelo olhar, que nunca me iriam abandonar, fosse porque razão fosse. Disseram-me que era impossível haver qualquer tipo de chatice que nos impedisse de falar. Um dia disseram-me que me iriam salvar de qualquer doença, que seriam o meu médico de família, para além de amigo e chatinho. Um dia prometeram-me não deixar de ir contra as minhas decisões, sabendo que elas não seriam as mais correctas, mas preferindo convencer-me do certo. Um dia prometeram-me que iriam ter sempre tempo para os meus devaneios, tivessemos 30 ou 40 anos, um ou seis filhos. Um dia disseram-me que eu era uma amiga especial, e apesar de tudo, no fundo, seria a única, e daí a importância que tinha. Um dia disseram-me que gostavam de mim, mesmo sendo chatinha e estando de mau humor uma vez por mês (e seria a única pessoa a perceber isso, quando entrava no carro e olhava para mim). Um dia prometeram-me estas e muitas outras coisas. Um dia prometeram-me envelhecer, ir para os 30 ao meu lado, gozar c

Mais uma criança em apuros

Não entendo estas coisas. Pais afectivos que ficam com crianças durante anos, até que os pais biológicos decidem ficar com eles. Uns casos são mais paradigmáticos e ridículos como o do Sargente que não cumpriu uma ordem do tribunal durante anos e anos, e consequentemente tornou a vida de uma pobre criança num pesadelo. Mas a criança russa, que ficou quatro anos com uma família portuguesa cria-me algumas dores de cabeça. Sobretudo porque, agora se descobriu que afinal a mãe biológica não tem as mínimas condições para educar a criança na Rússia, e os pais afectivos em Portugal nada podem fazer para além de sofrerem a cada momento quando pensam como estará a Alexandra que criaram durante tantos dias como sua própria filha. Têm de existir regras mais rígidas. Já foi filmado que a mãe de Alexandra lhe batia, a casa não tem as mínimas condições e mesmo assim ninguém faz nada para mudar a vida desta pobre criança que não pediu esta vida. Faz-me confusão. Não entendo como a deixaram ir embora

Conselho de leitura

Ora, já me tinha lembrado que ele haveria de ter batido palmas ao Marinho Pinto numa qualquer Sexta-feira à noite, num qualquer jornal nacional com audiências díspares. E o resultado fica aqui: Miguel Carvalho na Visão Online . E digo tudo isto porque foi ele que me fez não ter medo de dizer o que pensamos, mesmo quando nos podemos prejudicar de alguma forma. Porque vivemos num país livre, e se temos a certeza do que pensamos, porque não o dizer? Foi ele que me ensinou aquilo que o Marinho Pinho é: um homem com muita coragem, sem papas na língua, que ninguém parece levar a sério mas que todos sabem, no íntimo, que da boca dele apenas saem verdades. O Marinho Pinho, pelo pouco que eu pude conhecer, um homem justo, que luta pela igualdade com liberdade, nunca esquecendo aqueles que estão à volta. Lembra-se bem, porque também sentiu na pele as incongruências da ditadura, que ainda estamos num país livre e denunciar as injustiças é algo que deve e tem de ser feito o mais depressa possível.