Olho para as notícias deste país e parece que anda tudo às avessas. Ou não parece, andam mesmo! Uns matam-se e matam outros, uns reclamam por aquilo que julgam ter direito, outros calam-se como por medo das represálias. O que acontece aqui também acontece dentro das nossas vidas, já o tenho dito imensas vezes, mas causa-me algum espanto esta inércia. Talvez seja inocente por isso...
Amanhã é quinta-feira, e às 22 horas ou estará a maioria dos portugueses a sorrir, lançar foguetes, apitar e festejar, ou a reclamar com este e aquele porque falhou aquele e outro passe ou possibilidade de marcar um golito. Futebol. Esta adoração pelo futebol transcende-me, de facto. Não que não goste, vejo os jogos da seleção e torço por Portugal, mas há coisas que me preocupam sobejamente como o estado a que isto chegou.
Ontem fui descansar com o coração aos saltos. Apaguei a luz e não consegui adormecer, no meio desta inércia do sonho que não vinha, resolvi voltar a acender a luz e pegar num livro. Li algumas frases, ações de alguém de quem eu gostava que tivesse encarnado em todos os portugueses e deu-me algum alento. Isso não significou que não tenha tido hoje um dia dos diabos, de tão frustada que estava, mas deu-me alento saber que houveram homens assim, e esperançada de que ainda hajam. Quando saí do trabalho ouvi na rádio um militar a reclamar os seus direitos, os direitos dele que era da função pública e tinha direito ao subsídio de férias. Mas ele reclamou que os militares tinham mais direito a esse mesmo subsídio do que os outros funcionários públicos porque eram especiais, porque tinham um horário especial e um estatuto diferente. E fiquei e estou desolada. Talvez não haja mesmo solução para este país porque cada um pensa por si, defendendo os seus direitos sem pensar no próximo que também os tem e talvez até necessite mais deles.
Amanhã é quinta-feira, e às 22 horas ou estará a maioria dos portugueses a sorrir, lançar foguetes, apitar e festejar, ou a reclamar com este e aquele porque falhou aquele e outro passe ou possibilidade de marcar um golito. Futebol. Esta adoração pelo futebol transcende-me, de facto. Não que não goste, vejo os jogos da seleção e torço por Portugal, mas há coisas que me preocupam sobejamente como o estado a que isto chegou.
Ontem fui descansar com o coração aos saltos. Apaguei a luz e não consegui adormecer, no meio desta inércia do sonho que não vinha, resolvi voltar a acender a luz e pegar num livro. Li algumas frases, ações de alguém de quem eu gostava que tivesse encarnado em todos os portugueses e deu-me algum alento. Isso não significou que não tenha tido hoje um dia dos diabos, de tão frustada que estava, mas deu-me alento saber que houveram homens assim, e esperançada de que ainda hajam. Quando saí do trabalho ouvi na rádio um militar a reclamar os seus direitos, os direitos dele que era da função pública e tinha direito ao subsídio de férias. Mas ele reclamou que os militares tinham mais direito a esse mesmo subsídio do que os outros funcionários públicos porque eram especiais, porque tinham um horário especial e um estatuto diferente. E fiquei e estou desolada. Talvez não haja mesmo solução para este país porque cada um pensa por si, defendendo os seus direitos sem pensar no próximo que também os tem e talvez até necessite mais deles.
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