3 pode ser um belo número, pode dar sorte a alguns, azar a outros, correr lembranças pela memória, fazer-nos perder no passado que lá ficou. Neste momento, 3 significa muita coisa. 3 longos e travessos anos! A tentar afastar os fantasmas, a esquecer o passado, a magia que se perdeu num qualquer dia de Agosto e Setembro. As memórias essas, nunca se perdem, o amor muito menos, a saudade aumenta a cada minuto que passa como se não houvesse um limite para o mesmo. A imaginação do que será feito do perdido, em que caminho andará, o que fará sorrir ou chorar. Se sentirá o mesmo? Desconfio que sim, no meio de muita frieza e racionalidade, mas a magia ocorre algumas vezes em algumas vidas ou nunca noutras que tais.
Racionalizando, 3 anos já seria demais! Era tempo para esquecer mas ontem, sem querer, disse o que sempre pensei e talvez nunca o tivesse dito: um melhor amigo nunca se perde, fica para sempre connosco! Por pior que nos tenha feito, por não ter impedido que tivessemos passado por caminhos tempestuosos, silenciosos, ausentes. Não posso mentir a mim própria. Este não será, proventura, a última vez que tentarei escrever sobre o antes dos "3 anos" e acabei por apenas escrever umas míseras palavras que nada significam, que não detêm qualquer significado. Ainda é tão difícil explicar como me sinto, como sinto a tua falta, como imagino e sonho um dia em que nos encontramos, olhamos e nos abraçamos com uma força incalculável! Deixas-me sonhar?
Estamos no início de Setembro, e há 3 anos tinha acabado de entrar numa viagem conflituosa de que nunca saí mas que consegui dominar. Com muitas forças, sempre, a lutar contra mim própria. Vou continuar, sempre, por ti, pelo tempo que terá de passar, pelo teu significado, por aquilo que és e continuará a ser sempre.
Um dia, se te encontrasse, pedia-te o que sabes. A magia que nos envolvia duvido que encontre numa outra pessoa da forma ingénua e flutuante que havia entre nós. Como duas almas não gémeas mas que se conheciam como se estivessem fundidas. Sei que apenas eu e mais uns quantos irão ler isto, tu não, mas tenho esperança que o sintas no teu coração: não desistas de nós, da nossa magia, da cumplicidade! Foi o que de mais maravilhoso encontrei nesta vida, uma parte de mim apenas funciona agora a 20% porque não estás, não ouves, não te sinto comigo. A porta de uma parte de mim fechou-se com a tua ida. Será que vai haver um tempo em que voltarei a sorrir contigo? A chorar contigo? A festejar contigo? Daqui a 10 anos, 20, 30? Posso esperar... esperas comigo?
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