P.S.: E como, meses passados, tinhas razão em tudo aquilo que professavas. E como já não sei que palavras usar para me exprimir, e ninguém entender ou querer entender a minha linguagem. Talvez porque não existem pessoas iguais e substituíveis. Não existem mesmo, pelo pior dos meus pesadelos. E já não sei que mais fazer, sentir, pensar ou imaginar porque o tempo não volta para trás e não me posso redimir no que fiz. Irracionalidade estúpida.
Muito se tem falado das pessoas que saem (ou fogem) do Líbano, mas pouco se fala dos que vão para lá trabalhar. Porque alguém tem de estar no terreno, para contar aos ausentes, o que se passa. Profissionais, uns mais que outros, mas todos louvados pela coragem e sangue-frio que é necessário num cenário de guerra. Julgo que é o limite da carreira de qualquer jornalista, fotógrafo, cameramen.. não há nada mais dificil! Se se conseguir transpor este obstáculo, é possível fazer tudo! Em Setembro de 2000, na Convenção da RTNDA, Christiane Amanpour fez uma brilhante e emotiva defesa do jornalismo. Desse discurso retiro estes parágrafos, para que alguém os entenda, se souber entendê-los: «Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos. Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses. Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu...
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