Vou explicar-vos o meu significado de Medo. Quando queremos tanto, tanto, uma coisa que sentimos um medo de morte de tentar obter o nosso desejo. Quando sabemos que vamos conseguir, mais cedo ou mais tarde, arriscamos e na primeira queda, erguemo-nos de imediato, com medo mas com vontade de sonhar mais um pouco.
Mas outras vezes o Medo é tão grande, a certeza de não conseguir o que ambicionamos é tanta que nem tentamos porque temos a certeza de que à primeira queda, não haveria solução e seria a nossa morte. Tudo o resto já não teria qualquer sentido, nem mesmo aquilo pelo qual lutamos. Um Medo que magoa sem ser sentido, lembrado todos os dias, mal-dito a todas as horas e que faz questão de nos acompanhar em qualquer dia, em qualquer situação. Um Medo que nunca poderá ser superado nem esquecido, apenas arrastado.
Nos últimos tempos tenho pensado muito em ti e naquilo que ainda sobrevive dentro de mim. De tudo aquilo que me deste a conhecer, de tudo aquilo que me fizeste sentir sem esforço, do teu olhar e da sua ausência. Não sei porquê a constância de pensamento, talvez por ter feito algo a pensar em ti, por ter sido para ti que lutei tanto por alguma coisa, que dediquei algo tão importante. Ou talvez porque te estou a deixar viver ao meu lado, não interferindo mais na minha vida, mas aceitando que farás parte dela para sempre. Porque estou a conseguir interessar-me por outros ti's, igualmente importantes. Mas, acima de tudo, porque sou uma verdadeira idiota com memórias!
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