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O álcool, o dia agitado, a noite menos boa fazem-nos não dormir, ocupando a mente com pensamentos proibidos, acordar sem nunca ter adormecido. Chegar a casa com o chilrear dos voadores, o adeus à noite anterior e as boas-vindas da madrugada. Tudo num turbilhão gigantesco do passado, presente e futuro desejado... numa sensação de impotência sem importância para mais ninguém do que nós próprios.
O dia seguinte nasce e o sono não vindo, torna a noite sem efeito. Os pesadelos são vividos nas horas contadas e acordada a ouvir o nascer do dia como se não tivesse existido uma noite. Talvez o melhor fosse não ter existido mesmo! Não guardar qualquer recordação dela, não justificar aquilo que não aconteceu como se o destino tivesse algum poder para mudar o eterno. Aquilo que nos calhou na sorte ao nascer. Ou no azar. Ou em nenhum dos dois.
E alguém descortina o que se passou sem perguntar. Apenas olhando para o olhar, o pensamento, o coração, a cabeça que não adormeceu nessa noite. E imagina que o melhor será falar levemente, o resto virá por acréscimo quando tiver de ser. AS palavras adequadas são ditas e tudo o resto faz significado sem sequer ser discutido. E assim foi e continuará a ser! Porque é bom ter amigos assim, não são muitos mas valem a pena. Valem muito a pena! Sempre! Hoje e para sempre! Obrigado!
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