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A 2 de Janeiro de 2004!

Todos falam do aumento dos combustíveis em Portugal, e da Galp, Bp e Repsol que sobem os preços sem restricções. Mas ninguém se recorda e fala de quem fez uma lei que liberaliza esse acto. E lhes permite um aumento desenfreado dos preços para valores que só a eles interessa, e apenas para ganhar mais uns trocos. Os lucros não podem ser mais fabulosos, sendo das poucas empresas neste país com saldo muito positivo. Ainda alguém se lembra quando a liberalização começou?

Já na época alguns analistas apregoavam que essa nova legislação iria prejudicar os consumidores porque as refinarias iriam aumentar os preços desenfreadamente, sem terem um moderador. E o governo acenava pela negativa, dizendo que a competitividade iria aumentar entre as maiores refinarias do nosso país, os preços iam baixar e os consumidores iriam conseguir poupar uns trocos. Não aconteceu no primeiro mês, e assim consecutivamente ao longo dos anos. Já lá vão 4, e parece que só agora os portugueses acordaram de alguma letargia provocado não-sei-bem-porquê! Só agora se fala, em alguns grupos, de fazer uma greve às bombas da Galp, Repsol e BP, nos três primeiros dias do mês de Junho, esquecendo-se de que será por esta data que os portugueses irão encher o depósito mais afincadamente. Com os bolsos ainda cheios do ordenado recebido há pouco tempo, não querem desperdiçar a fartura para passear e conduzir um veículo que começa a ficar mais vezes parado.

O Presidente da República explicou hoje, ou ontem, de que era normal uma subida dos combustíveis porque também o barril de petróleo estava a subir sem vontade de parar. Esquecendo-se, este apregoado por tantos como um grande economista, de que o barril de petróleo é comprado em dólares, e estando estes a desvalorizar dia-após-dia em relação ao euro, isso não explica a 20ª subida dos combustíveis em cinco meses, que não deve tardar muito. É este homem que elegeram para nos representar lá fora, ou para fazer-não-sei-bem-o-quê, para além das asneiras que não pára de dizer, das visitas diplomáticas a locais onde gozam connosco e com os nossos impostos que acabam por comer (o João Jardim e a Madeira), e ainda das grandes conclusões lógicas que tira sem apontar o caminho para uma possível solução. E supostamente é com estas explicações que nos devemos resignar.

Os partidos da oposição estão mais preocupados com os cigarros fumados por Sócrates num avião da TAP, e outros há que nem sequer querem discutir. Estranho? Não. Não há uma oposição digna de assim ser chamada, e por isso, apenas nos resta esperar alguma coisa do governo. Ou da Divina Previdência. Se é que ela já não está cansada dos nossos lamúrios...

Mas não me querendo desviar do assunto do post. A liberalização do preço dos combustíveis ocorreu a 2 de Janeiro de 2004, ano do Europeu de Futebol no nosso país, e no governo comandado por Durão Barroso. Já agora, podiam pedir-lhe responsabilidades ou uma simples opinião sobre este grande futuro que ele fez questão de nos construir ou querem dar-lhe mais alguma medalha? É que ele já recebeu tantas, e o mais estranho, todas por mérito, que mais uma ou menos uma não ia ser muito diferente!

P.S.: Cheira-me que os aumentos vão aumentar (ainda mais!!) fortemente na altura do Euro, por isso preparem as carteiras. E arranjem uns sofás confortáveis para ver os jogos... em casa!

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