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18.15h a sair da minha cidade com Nirvana como companhia

Felizmente hoje não há barulho, descontracção ou estranhos nauseabundos e descontentes com a sua sorte. Felizmente hoje consegui um cantinho só para mim. Egoísta que sou, por nada nem ninguém mo conseguir imprimir… dividir não me incomoda, se bem que estou farta. Não de dividir mas de notar que a divisão supostamente feita, na realidade não o é. Estou farta que achem que tenho um problema não relacionado com a realidade. Cansada de ficar quieta, de fazer os outros felizes sem pensar primeiro se isso a mim também me faz sorrir. Cansada…!

Cansada de dizer “adeus, até para a semana” a quem realmente não sente a minha falta. Farta de não poder colmatar as saudades por meio do avançado telefone que transporta vozes à distância, a quem o merece. Farta de tudo o que era suposto ser diferente. Farta de ser nova demais para sentir isto, velha demais para passar por não ter algo. Farta de olhar em frente e não gostar, olhar para o lado e não ver o que necessito, olhar para trás e desejar não avançar!

Dias marcantes, não saem da memória, dias de descanso solitário e solidário comigo mesma. Dias que nunca se esquecem, dias que nunca deviam ser vividos, dias inúteis, dias impuros e impróprios. Dias assim como este!

Sentimentos ignóbeis, inúteis e insignificantes… supostamente. Mas verdadeiros e verdadeiramente sentidos e vividos. Não desejados e não queridos. Mas alguém não se importou de mos impor e de mos desejar, como se, por qualquer razão ignorada, os merecesse. Como se a vida nos impusesse determinados comportamentos que não desejamos e não implementamos. Injusto? Talvez! Merecido? Quem sabe… pela maior razão que possa existir pela sua existência, não significa que os mereçamos.

And the truth is… alguns fins-de-semana são assim! Acabam e ficamos com a certeza de que apenas valeram a pena pelos bons momentos que passamos com os amigos (amigo, neste caso). E nem o facto de estarmos longe de casa muda a posição de quem, supostamente, nos deveria amar. Assim concluímos, que talvez, nem tudo o que ditam as regras seja verdadeiro. Nem tudo o que é normal é verdadeiro. E por mais magoados que possamos ficar, e garanto que o tamanho da dor é incalculável, nada pode inverter essa posição. Temos apenas de aceitar por mais que nos custe. A verdade é que quando um cão fica mais feliz que certos e determinados humanos pela nossa visita, é porque algo está errado…não será?

Tive um avô que um dia, à minha pergunta “Tu nunca choras?”, me respondeu afirmativamente. Mas replicou qualquer coisa como: “A vida é demasiado pequena para chorarmos duas vezes pela mesma questão. Magoam-te uma vez, choras e esqueces. Quando a dor é demasiado forte para esqueceres, lembra-te que já choraste uma vez por aquele problema… agora se calhar, tens outro. Não tão importante talvez, mas pelo qual ainda não choraste, e se calhar este também merece as tuas lágrimas!”

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