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Um fim-de-semana


Apesar de o temermos a realidade surge sempre, mesmo quando o tentamos evitar a todo o custo. Mesmo quando temos medo de a enfrentar, mesmo sem entendermos a razão de tanta desilusão. A verdade é que o grupo que sempre nos devia amparar é geralmente aquele que, no momento certo, consegue ter a atitude menos apropriada à situação. E magoa, e dói, e não conseguimos lutar contra. E ficamos perdidos, abandonados à nossa sorte, às nossas lágrimas, à nossa vontade permanente de clamar por uma mentira naquele momento certo.Como se num mar de amargura tivéssemos mergulhado!

O nosso amor-próprio faz-nos acreditar que não devemos verter a dor perante quem nos magoou. Nunca! Ensinamento antigo, do meu avô, e que duvido que algum dia fique esquecido… assim se mantêm a memória de quem valia realmente a pena ouvir. A memória de alguém que nunca nos disse uma frase, palavra que me tivesse magoado. A cada uma, um novo ensinamento. E como precisava dos seus conselhos agora… como se de ar se tratassem!

Sentimo-nos sozinhos e vazios, esperamos pelo aconchego do óbvio, mas notamos a sua ausência. E permanecemos calados à espera que algo aconteça. Apesar da esperança ser vã, demasiado vã… totalmente vã. Entretanto chegamos à conclusão que o melhor é viver, apenas viver o que a vida nos reservar. Observar, aproveitar, apenas como se a vida fosse apenas nossa, sem partilhas com quem não merece apesar de ter todo o direito e dever. Nem tudo tem de ser tão óbvio como mandam as regras…!

P.S.: Parabéns ao Sporting! O meu pai ficou feliz e ele merece, sendo talvez dos poucos em toda esta trama!

P.S.1: Escrevi isto há uma semana... entretanto as coisas não mudaram muito. É, talvez por isso, que nunca acreditei em grandes mudanças!

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