Cavaco Silva promulgou a lei do aborto, depois da maioria dos portugueses em referendo terem concordado com a liberdade de decidir, legalmente, a fazer ou não um aborto. Na época, surgiu a controvérsia de um Presidente da República, de direita e contra a nova lei do aborto, poder não promulgar a decisão da maioria dos portugueses. O que afinal não aconteceu, mas... houve um mas!
Alguns analistas políticos advertiram para o possível primeiro choque "real" de opiniões entre o Governo e Belém. E as consequências que daí adviriam...! Obviamente um antigo dirigente do PSD não poderia aprovar a lei, sem deixar de tecer qualquer tipo de comentários. E assim, para não desagradar ao partido que o apoiou na sua eleição para Presidente do país, lançou uns "conselhos", até porque daqui a quatro anos irá precisar desta direita adversa à aprovação desta lei.
Os conselhos deixados são:
- Um médico objector de consciência, ou seja, não defensor desta nova lei, pode e deve fazer o aconselhamento das mulheres sobre o aborto;
- A publicidade a clínicas abortivas é proibida;
- A mulher, antes de realizar um aborto, deve ser informada de uma determinada lista de assuntos, tais como os prazos para a realização de aborto;
De qualquer forma obrigado, sr. Presidente da República!
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