Não diria melhor Miguel! Vale a pena ler, aqui!
O estranho é que já há pais que apanham dos filhos, e chegam mesmo a ameaçar os pais de morte. Conheço um caso deste género, em que o rapaz, com a mesma idade que eu, já chegou a mandar a mãe para o hospital, e já ameaçou o pai de morte, ameaçando-o com um objecto, que agora não sei precisar! As causas deste comportamento são a ingestão excessiva de álcool, e também uma péssima educação, como devem imaginar. Este era um daqueles que sempre teve tudo aquilo que desejou, desde o dia em que nasceu! Resultados à vista...! Naturalmente que nem todos têm de ser assim, e assim espero!
Em Dezembro passado, contaram-me que uma criança de 8-10 anos, já não sei ao certo, tinha feito uma lista de prendas que gostaria de receber no Natal. E a família andava louca à procura dos desejos do pequeno... quem me contou foi à procura de um brinquedo no Porto, porque ele já tinha esgotado em Lisboa, Coimbra e no Porto parece que também não existia. E fiquei atónita...! Acho que o miúdo apenas não recebeu um dos brinquedos da lista...! Criança feliz!
Para espanto da minha ouvinte confessei que não tinha sido educada assim, que não tinha muitas prendas no Natal, mas que não era infeliz por isso. Acho que as crianças hoje em dia, ao terem tudo aquilo que querem, não dão valor a metade daquilo que recebem. Talvez por ter tido uma infância diferente ainda mantenha todos os meus brinquedos arrumados no sótão, e por me terem estragado um há uns tempos fiquei tão aborrecida. Coisa que não iria chatear a maioria das crianças de hoje! Não estou aqui para defender a minha educação, e muito menos a minha infância, mas sim para tentar explicar que dar todas as prendas que as crianças querem, geralmente não é o mais acertado! E não é por isso que elas são mais felizes!
Uma criança feliz é aquela que brinca, tem muitos amigos com quem se pode divertir. Tem o essencial e algumas das coisas que sempre quis, mas com os pais a explicarem-lhe que não vão comprar o supermercado todo porque não tem dinheiro, ou simplesmente (porque a maioria das vezes é verdade) não é assim tão essencial! Nunca tive uma playstation (como é possível pensam voces?), mas sentia todos os anos o cheiro da Primavera, quando andava de bicicleta com os meus amigos. Convivi com pessoas que não tiveram e não têm as mesmas oportunidades que eu, e por isso, nunca deixava comida no prato (ok ok... com a excepção do esparregado)! Porque sabia que o Rogério ou o Zé não tinham a variedade de alimentos que eu tinha a todas as refeições na minha mesa. Mas isto são outras histórias...!
Uma criança feliz é aquela que brinca, tem muitos amigos com quem se pode divertir. Tem o essencial e algumas das coisas que sempre quis, mas com os pais a explicarem-lhe que não vão comprar o supermercado todo porque não tem dinheiro, ou simplesmente (porque a maioria das vezes é verdade) não é assim tão essencial! Nunca tive uma playstation (como é possível pensam voces?), mas sentia todos os anos o cheiro da Primavera, quando andava de bicicleta com os meus amigos. Convivi com pessoas que não tiveram e não têm as mesmas oportunidades que eu, e por isso, nunca deixava comida no prato (ok ok... com a excepção do esparregado)! Porque sabia que o Rogério ou o Zé não tinham a variedade de alimentos que eu tinha a todas as refeições na minha mesa. Mas isto são outras histórias...!
Voltando ao assunto deste post. Até a minha sobrinha está a entrar por esta "onda"... quer, tem! Já chora no supermercado ao ver fiambre (ela adora!), e os pais são obrigados (dizem eles) a abrir o pacote e dar-lhe um pouco de fiambre, para ela parar de chorar. Ela tem um ano e meio!! Chamem-me fria ou insensível, mas eu não dava, e, aliás, não dou! Porque se hoje, já lhe dão tudo o que ela quer, com dezoito anos vai exigir(palavra certa!) aos pais aquilo que quiser. E em algumas situações pode tornar-se complicado...! E isto é uma realidade nos dias de hoje! Quantos jovens não exigem aos pais dinheiro para noitadas, ou o carro emprestado, ou as viagens pagas? Exigir sim!
A verdade é que daqui a uns anos esta situação estará bastante pior, e os nossos jovens só irão conseguir viver consoante aquilo que quiserem ter ou fazer. A palavra obrigação deixará de ter sentido, no meio de muitas outras importantes!
P.S.: Fui buscar agora a Visão à caixa de correio. Está estranha e diferente, não parece tão organizada como antes, mas apenas folheei, lendo apenas os cabeçalhos. O ideal seria que mudasse por dentro... acho que não há nenhuma reportagem da Time nesta edição (wee!).
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