A jornalista Christiane Amanpour contou em 2000:
"Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos.
Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses.
Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu nunca esperei; a maternidade coincidiu com a morte do jornalismo que eu conhecia. Já não tenho a certeza de que, quando for por aí fora e fizer o meu trabalho, a minha reportagem chegue, sequer, a ver a luz do ar, a avaliar pela experiência dos meus camaradas.
Mais vezes do que quero lembrar, condoí-me com demasiados camaradas enviados, como eu, para alguns dos piores sítios do mundo. Eles iam até ao Inferno para conseguirem as suas peças, apenas para, frequentemente, as verem mortas em Nova Iorque, por causa de algum fascinante novo ângulo encontrado... sei lá... nos “Twinkies assassinos”, ou no aumento de peso de Fergie, ou qualquer coisa assim. Sempre pensei que é moralmente inaceitável matar histórias que as pessoas arriscaram a vida para conseguir."
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