Se o dia 8 de Abril de 1994 não tivesse ficado marcado pela morte de um ícone da música, hoje Kurt Donald Cobain faria 40 anos.
No final de 2006, Aj Schnack, realizador norte-americano, estreou no Festival de Toronto o documentário About a Son, que deverá chegar em breve às nossas salas de cinema. O filme foi construído sobre a voz de Cobain, recorrendo a mais de 20 horas de entrevistas gravadas por Michael Azerrad, autor do livro Come As You Are, a primeira biografia oficial dos Nirvana. Também durante este ano deverá estrear a adaptação de Heavier Than Heaven que descreve em pormenor a vida de Kurt, com a viúva de Cobain a supervisionar o projecto (vá-se la saber porque), e a requerer Ewan McGregor como protagonista.
Com Kurt Cobain nasceram os Nirvana e o grunge. Depois da explosão de fama do segundo álbum, por todos considerado como o melhor, outras bandas da mesma cidade ficaram conhecidas e hoje subsistem. Casos como os Pearl Jam, Alice in Chains, ou Soundgarden ajudaram a elevar o grunge a moda, mas até hoje ainda não conseguiram criar um mito semelhante ao dos Nirvana, emitido sobretudo por algo que emanava do vocalista e da música!
Alguém disse um dia: "Era uma inspiração, alguém que valia a pena o mundo ter, e fez-me imensa pena que as pessoas mais novas ficassem sem ele"(membro dos Raincoats). Para mim continua a ser uma inspiraação, e hoje e o dia 8 de Abril continuam a ser recordados com algum pesar... continua a ser a minha banda favorita, e continua a ser o meu escape nos dias mais compridos. Para mim continuam muito vivos!
Havia uma mística diferente, uma energia, um abanar de consciência que derivava dos Nirvana. Algo que não existe em mais nenhuma outra banda... cada uma tem o seu significado, a sua substância mas a dos Nirvana era especial e isso destacou-se. Veio à tona com o seu disco mais comercial, Nevermind e com o fabuloso e conhecido Smells Like Teen Spirit, mas a génese dos Nirvana não era essa de facto. Na minha opinião, a pureza dos Nirvana estava no 1º disco, Bleach e nas canções rasgadas que o compõem. Haverá canções melhores que School, Floyd The Barber, Love Buzz, Big Cheese, etc.? Para mim não!
Muito se tem falado das pessoas que saem (ou fogem) do Líbano, mas pouco se fala dos que vão para lá trabalhar. Porque alguém tem de estar no terreno, para contar aos ausentes, o que se passa. Profissionais, uns mais que outros, mas todos louvados pela coragem e sangue-frio que é necessário num cenário de guerra. Julgo que é o limite da carreira de qualquer jornalista, fotógrafo, cameramen.. não há nada mais dificil! Se se conseguir transpor este obstáculo, é possível fazer tudo! Em Setembro de 2000, na Convenção da RTNDA, Christiane Amanpour fez uma brilhante e emotiva defesa do jornalismo. Desse discurso retiro estes parágrafos, para que alguém os entenda, se souber entendê-los: «Disse uma vez a um entrevistador que nunca casaria. E que nunca teria filhos. Quando se tem um filho, disse, temos, pelo menos, a responsabilidade de ficarmos vivos. Isso foi há sete anos. Entretanto, estive casada dois anos e tenho um filho com cinco meses. Mas uma coisa estranha aconteceu, uma coisa que eu
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