Ontem foi re-contada uma história bastante triste no Jornal de Notícias, com desenvolvimentos hoje! Para além do inusitado conjunto de acontecimentos, surge outra preocupação: quantas mais vezes foram os media enganados, levando consigo "o povo"?
O último caso que andou nos escaparates é revelador disso, na minha opinião! Ateimava-se sempre em dar, APENAS, o lado dos pais adoptivos (que afinal não o eram legalmente, apesar de isso nunca ser referido), sem nunca ouvir as justificações do pai ou da mãe que recebeu uns trocos ao dar a bébe para adopção. Por mais directo, racional e insensível que isto possa parecer, é a realidade... e temos aqui outra história que nos chama a atenção para outro tipo de realidade, que a meu ver existe em maior número do que possamos imaginar. É o chamado desespero dos pais, com muitos filhos e sem possibilidades económicas para os sustentar... pelas mais variadas razões. Não vai ter o mediatismo que a outra história teve, talvez porque o pai destas quatro crianças não é militar, ou vem de uma família com conhecimentos e dinheiro... ou outra razão qualquer! Mas vamos atentar nos factos:
O último caso que andou nos escaparates é revelador disso, na minha opinião! Ateimava-se sempre em dar, APENAS, o lado dos pais adoptivos (que afinal não o eram legalmente, apesar de isso nunca ser referido), sem nunca ouvir as justificações do pai ou da mãe que recebeu uns trocos ao dar a bébe para adopção. Por mais directo, racional e insensível que isto possa parecer, é a realidade... e temos aqui outra história que nos chama a atenção para outro tipo de realidade, que a meu ver existe em maior número do que possamos imaginar. É o chamado desespero dos pais, com muitos filhos e sem possibilidades económicas para os sustentar... pelas mais variadas razões. Não vai ter o mediatismo que a outra história teve, talvez porque o pai destas quatro crianças não é militar, ou vem de uma família com conhecimentos e dinheiro... ou outra razão qualquer! Mas vamos atentar nos factos:
Há um ano, Carla desesperada, deslocou-se ao Hospital de Santo António, e dali seguiu para o IPO, onde encontrou um papel amarrotado no caixote do lixo que pertencia a uma doente (esta verdadeira). Fez uma fotocópia e forjou a documentação, que entregou a uma assistente social e ao seu médico de família. Todos acreditaram na veracidade da história de Carla, inclusivamente o marido e demais familiares. Rapou o cabelo de forma a parecer mais credível o seu suposto cancro.
A solidariedade instalou-se à volta desta família de Penafiel com quatro filhos de 2 a 12 anos, e pelo dinheiro arrecadado supunha-se que poderiam ter uma casa nova dentro de alguns meses. Os vizinhos pagaram a renda em atraso de há dois anos, e a comida e os brinquedos chegavam em grande número para os filhos.
A mentira foi descoberta quando Carla entregou ao Médico de família duas declarações visivelmente falsas, com montagens do símbolo do IPO/Porto. Carla vai ser acusada de fraude e abuso de confiança, e a população de Penafiel divide-se em duas opiniões: revolta e justifica a atitude pelo amor que Carla tinha pelos filhos.
No meu caso, não sei... estou indecisa. Não concordo com a mentira, e muito menos em enganar os outros, mas por outro lado, o desespero de ver um filho com fome deve ser suficientemente grave para levar certas pessoas a este tipo de atitudes. Só acho que não se deve chegar a estes extremos... penso que ela poderia ter feito o peditório da mesma forma, apenas com a justificação da família ser pobre e de ter quatro filhos para alimentar. Poderia não ganhar dinheiro para uma casa, mas já devia bastar para alimentar as quatro bocas menores que tem a seu cargo... digo eu!
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