- Os Iraquianos que necessitam de se movimentar no seu dia-a-dia à volta de Bagdade, têm no bolso uma série de cartões de identificação, conforme passem nos postos de controle da polícia, do exército ou das mílicias. Isto denota a multiplicidade de poderes existentes actualmente no Iraque, tal como a ausência de um governo e poder central que tenha um poder soberano perante todas estas forças.
- Há três mílicias étnicas (xiitas, sunitas e curdos) que dividem o espaço e a autoridade com os soldados norte-americanos, a polícia ou o exército iraquiano. Isto origina um clima de medo permanente e uma grande falta de segurança por parte de todas as etnias e forças existentes no país.
- Os atentados repetem-se todos os dias a um ritmo alucinante e subiram muito: em 2003 eram menos de 500 e em 2005 eram cerca de 2500. São levados a cabo por aproximadamente 15 a 20 mil revoltados, sejam bombistas suicidas ou rajadas de metralhadoras disparadas de BMW's.
- Há zonas da cidade de Bagdade onde o simples trânsito é um sinal de coragem.
- Para além das bombas que são um problema enorme e sem solução à vista, as mílicias crescem de dia para dia, sobretudo as que estão integradas no exército e na polícia, que as usam para retaliar o grupo étnico inimigo. São chamados de "esquadrões da morte" que obrigam os bairros mistos a dividirem-se e a ficarem mais "limpos". Os EUA também têm aqui alguma culpa porque depois da queda de Saddam Hussein, tentaram limpar o exército de sunitas. E assim, as bem pagas bem equipadas mas pouco eficazes forças de segurança, eram uma mistura entre xiitas e curdos, e uma ameaça aos sunitas. O ministro do interior iraquiano é acusado de permitir a existência de "esquadrões da morte" no seio da polícia.
- Depois do atentado à mesquita dourada de Samarra, os xiitas revoltaram-se e vingaram-se com 1300 mortos em apenas uma semana.
- Em 2005 morreram 10.000 iraquianos, três quartos dos quais com sinais de tortura(mãos amarradas atrás das costas, dentes partidos, membros decepados).
- Desde o ínicio da guerra já morreram entre 45 a 100 mil iraquianos insurgentes e soldados. Media de civis mortos por dia, no primeiro ano de guerra: 20. No segundo 31 e no terceiro 36.
- O Iraque é sentido pelos seus cidadãos como um país sem lei. Muitos dos iraquianos dormem vestidos, tamanha é a falta de segurança.
- Apesar de terem aumentado os lares com acesso à Internet, Tv Cabo e DVD, a esmagadora maioria dos iraquianos vive pior e não acredita no futuro.
- O sistema de esgotos continua a não funcionar e a água potável é uma miragem, em várias cidades do país, de entre elas, Sadr City.
- A distribuição eléctrica é ineficaz. Bagdade antes tinha direito a 18 horas diárias de electricidade e hoje está limitada a apenas 4 horas.
- O sistema de saúde está destroçado e os médicos são alvos preferidos. A medicina atinguiu preços absurdos e dos 2000 médicos existentes, todas as semanas um é assassinado ou foge para outro país.
- As exportações de petróleo que constituem mais de 90% das receitas, desceram para níveis anteriores aos da invasão. A corrupção e a insurgência são generalizados e 40 a 50% dos fundos vindos do contrabando do petróleo financiam a insurgência.
- À medida que a pobreza alastra, novos problemas surgem. De entre eles, a má nutrição infantil que aumentou muito, as taxas de literacia que estão nos 50% (eram de 90% antes da 1ª Guerra do Golfo), as filas para obter gasolina, que triplicou, tornarm-se rotineiras.
- A inflação está insuportável para a maioria das famílias, situando-se nos 20%.
- Entre um quarto e metade da população está desempregada.
- O mundo também não ficou um lugar melhor. As fontes de financiamento da Al-Qaeda foram aumentadas pela invasão do Iraque, visto que subiram as contribuições de islamitas ricos e revoltados com escândalos como o das torturas e humilhações em Abu Ghraib ou em Guantánamo. Em 2005 ocorreram 3.991 ataques terroristas, um aumento de 44% quando comparado com os dados de 2004, 2.639.
- Nunca se registaram no Iraque tantos ataques a mulheres por não usarem o véu: 80 em 2005, 22 entre 1999 e 2003.
- Custo da guerra até ao momento: 264 mil milhões de euros.
- Estrangeiros sequestrados no Iraque desde o ínicio da guerra: 280.
- 82% dos iraquianos defendem a saída das tropas americanas do país.
- Um em cada cinco iraquianos vive com menos de 83 cêntimos por dia.
- 70% dos iraquianos não tem emprego.
- Número de mortos entre os soldados dos EUA e países aliados desde Março de 2003: 2.716.
Desde sempre que fui contra a invasão do Iraque pelos norte-americanos. Por achar que George W. Bush não tem qualquer legitimidade em invadir um país, e principalmente por ter a certeza que a invasão nao iria resolver os problemas dos iraquianos.
Acho imensa piada quando dizem que o Iraque não é um país democrático e que o Saddam era um ditador... realmente era! Mas e entao o que é o George W. Bush?... que mente só para ter apoio para invadir um país? Ou pior, que sabe da vinda de um furacão e para além de não avisar as pessoas, também não se preocupa em tomar medidadas preventivas. Deixem-se de arrogâncias.. senhores do maior país "democrático" do mundo!
Comentários
Portugal precisava era que o Saddam cá viesse passar umas férias em trabalho!!
Punha esta merda na linha!
Saddam é um prestigiado indivíduo de grande respeitabilidade.
Saddam põe dúvidas na cabeça do homem mais heterossexual do mundo.
Saddam é um homem influente! Hoje em dia, é uma das pessoas mais importantes do mundo, mais importante até que o Bin Laden (pelo menos pareceu)...
Mas ser Saddam não é tipo um sonho cor-de-rosa, apanhou chatus no buraco e aquilo era uma coçadeira desgraçada.
Saddam gosta das coisas simples da vida, gosta de passear na praia, ver o pôr-do-sol, jogar tiro ao prato com o Manel Alegre...
Saddam não é fixe, é fixíssimo.
Anyway... tambem concordo que mtos portugueses precisam de um Saddam para lhe controlar as "voltas"... isto anda tudo uma autentica bandalheira :S