É um mundo novo, uma nova viagem, uma nova forma de viver os dias. Isto de ser mãe, ou melhor, isto de ser responsável por um ser que, de uma forma mágica, saiu da nossa barriga e se alimenta daquilo que sai das nossas mamas. Um novo mundo, sei lá. Costumam dizer "não há palavras" e eu, que nunca fui nada parca em palavras, vejo-me perante este impasse. "O que estou a sentir?" Não sei, não faço ideia e não consigo passar dos sentimentos às palavras. Apenas posso dizer que é bom, muito bom. E quando disserem qualquer coisa do género "quando for mãe não vou fazer isto..." ou, o inverso, "quando for mãe vou fazer...", esqueçam!, muita opinião que não interessa a sair da vossa boca. Vão fazer como a generalidade dos pais, e depois lembramo-nos do que dissemos e sorrimos interiormente pela idiotice de falar sem nunca ter estado na situação. Sim, sim, sou mãe e muitas coisas que criticava antes nos outros pais estou prestes a fazê-la ou já a f...
Há todo um maranhal de informação na minha mente sobre este assunto e não sei se saberei explanar tudo aquilo que me assalta a consciência. Falo do meu sonho, já um pouco esquecido, daquilo que me apaixonou tantas e tantas vezes mas que pela realidade e talvez pela parca coragem em enfrentar o sonho, perdi. De uma certa forma. Ou talvez não totalmente. Falo do jornalismo. Das histórias, das pessoas, das estórias tamanhas, da verdade e dos "outros" factos, da pesquisa, investigação pura e isenta se assim lhe quiserem chamar. Para mim acabou ou está de molho por enquanto. Por várias razões. Sobretudo porque tenho a consciência de que me faltam algumas competências para entrar nessa área, que mais não é do que uma espécie de clube onde os associados se conhecem e são todos amigos. E por serem todos amigos arranjam facilmente empregos - não trabalho que trabalhar poucos o fazem - e têm bons ordenados. Mesmo muito bons, alguns poderão mesmo chegar a envergonhar um Eng.º ou Advog...